De toda a verdade embora relativa, nua deixei.


Pra confessar, sou do tipo que manda flores:

Mas ao mesmo tempo, não suporto coisas belas que vão embora rápido.

Pra confessar sempre funciono melhor em dias de chuva

Naqueles dias em que meu cabelo nunca seca.

Em trinta e oito anos vivi uns duzentos e pouco.

E não admito teorias no travesseiro.

E praticamente isso já me trouxe encrenca e o maior sorriso que já dei.

Confessando, fico de cama umas cinco vezes ao ano:

Duas são de verdade, e as outras, bem, para descansar um pouco de tudo, dengo acho.

Mas confesso que tudo é bem simples para mim,

Como uma equação que mede a velocidade e o peso de um distante buraco negro.

Eu juro que não há fantasia nestas palavras. Sou eu.

A mulher de cabelos pretos e curtos, sonhadora, doida para ter coragem de fazer uma tatuagem.

Eu sou apenas um desenho de mim mesma,

Rascunhada na prancheta desnivelada pelas mãos de um "Parkinson" e arte finalizada por Deus.


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