Lembrando



Quando dá meio dia aqui no Rio, eu lembro de ligar a TV para ver Vale Tudo. Grande novela, grandes diálogos. Não interrompo meu trabalho, mas lembro de vez ou outra, dar uma olhadinha na tela. E hoje rolou uma cena que me transportou completamente ao passado...bem remoto, mas me transportou. Um casal é desfeito porque rola uma morte. Gente, foi tocante (sim, a Adriana é beeesta que dá dó com cenas românticas). E isso me transportou à uma situação que me amedrontou nessa coisa de morte : será que vou perder meu amor?

Tem anos... eu vivi uma relação muito complicada, que nem sei dizer se era uma relação. Acho que não chegou a ser. Mas durou 2 anos. Por várias vezes tive medo de perder a pessoa por um problema de saúde. Eu lutava junto porque não queria pensar que não tentei de tudo para que a pessoa ficasse bem. Foram vários sustos, quando sabia, tinha acabado de sair de um hospital pelas madrugadas paulistas e assim foi meu tempo em Sampa. Muito delicado, dolorido e pensativo. O que eu poderia fazer além do que já fazia para proteger, cuidar, dar carinho e amor? Nada! É uma coisa estranha, que tira nosso equilíbrio completamente: o medo de perder... não para o mundo, mas para Deus. E a gente “perde” algo para Deus? Claro que não! Veja a coisa ilógica da história!

E parei para pensar: como saúde e uma linha fina de vida na pessoa que amamos, fragiliza a gente ne? Completamente...me sentia perdida, sem forças para revirar o quadro todo e conseguir dar um sorriso mais confiante aquela pessoa. É interessante observar que existem pessoas , como eu, que quando se entregam a um amor que toma, conseguem se desprender de tudo para tentar ajudar a pessoa a ser feliz... será esse mesmo o caminho correto? Fica a pergunta...já não sei...


1 Pode comentar aqui e surtar junto comigo!:

L. disse...

Poxa, vc sempre coloca postagens muito reflexivas aqui em teu blog, e é sempre quando eu passo aqui para visitá-lo,rs. Brincadeiras à parte, acho sim, Drix, que existem muitas pessoas assim, como você mesma se descreve, que se desprendem de tudo para tentar fazer alguém feliz, e eu mesma me enquadro nessa característica. Acho que é a intensidade o que provoca tudo isso. Por vezes eu já me fiz a mesma pergunta:" Oh Santo Deus, será que tudo isso vale a pena? Será que devo arriscar tudo, me colocar a prova, só para ver o outro feliiz?". E por várias vezes, dentro de mim eu senti uma brisa leve, como se fosse a resposta dele me dizendo:" Faça o que sente vontade, siga o teu coração." Com o passar do tempo eu aprendi a fazer sacrificios (alguns pequenos, outros grandes) pelas pessoas que eu realmente amo, sejam elas amigos, familiares ou até mesmo pessoas para a qual dediquei meu afeto, mas consciente de que o que eu fazia era (e continua sendo) por livre e espontânea vontade de ver no rosto de quem amo o sorriso que me conforta para ir em frente, mesmo que lá na frente eu não saiba o que possa acontecer.É aquela velha história do fazer o bem sem esperar retorno, mas, simplesmente por querer fazer da vida do outro algo melhor.
Bjo Grande, Fica com Deus.
L.