Ontem
uma amiga (que me conhece mega bem) me disse: “Você tem um coração tão grande,
é tão cheia de amor, que espera que todos tenham esse comportamento com você de
volta. Eu já não espero nada de ninguém”.
Não posso negar que foi uma confirmação que mantive na cabeça e me
perseguiu até agora. Até porque senão eu não escreveria um texto sobre isso.
Dizem
que a vida ensina. Será? Me pergunto se
a vida apenas não se incumbe de mostrar
a real para a pessoa. Não necessariamente ensinar. Ações diferentes. Percebo
que as pessoas que nos ensinam quilos de coisas que não conseguimos ler em um
livro, por exemplo, e incorporar em nosso dia a dia. As pessoas ME ensinam que
melhor estar só do que “mal apaixonada”.
Não a vida. Afinal você tem a sua (a vida) para ser feliz, para
desenvolvê-la da melhor forma possível. Ou estou equivocada?
Hoje
eu falei para outra amiga o seguinte: “Eu não quero ser prioridade na vida de
ninguém. Nem de um amor, nem de amigos, nem de família. Não persigo isso. Eu
quero ser importante para essas pessoas como elas são para mim”. E depois que desliguei o celular, me
perguntei em alto e bom som... “ Existe alguma falta de compreensão de querer
ser importante na vida de quem a gente ama?” .
Aí eu pego esse rabo do cometa e volto à amiga de ontem... Erro quando
penso _ aliás eu tenho certeza aqui na minha mente tola _ que as pessoas vão me dar o que estou dando na
mesma proporção e importância. Não faço as coisas com intenção de ter de volta
tal coisa, não. Eu não precifico o meu ato. Quero
ter de volta apenas atenção, carinho e amizade. Na mesma intensidade com a qual
eu fiz tal coisa para a criatura. E por muuuuito tempo não tenho tido essa “felicidade
do retorno”, por assim dizer. Como negar a mim mesma que isso não me fere?
Não
trago comigo a falsa verdade de que mesmo que te maltratem por 342 anos, ali na
frente eu não vou mudar e por isso voltarei a ser do mesmo jeitinho “doador”
que fui há cinco segundos. Hoje eu tenho uma consciência que não queria ter:
ando com medo, receio de gente. Não
existe essa de “sofri mais que você ou vice-versa”. NÃO! Existe o seguinte.. “Olha
aqui criatura...eu sofri pra caralho. Se foi menos que você, não to
equacionando. Falo que não suporto mais permanecer no erro de aceitar mais
sofrimento”. Sacou a diferença? O que eu
permiti que fizessem comigo, já deu! Não quero mais brincar disso. E por não
querer mais perder tempo, porque do alto dos meus 42 anos eu já sinto o peso
que a idade em alguma dezena da vida traz, me forço (um estupro praticamente) a
aceitar que nem todas as pessoas merecem nosso carinho, nossa atenção e nosso “importante”.
Por vezes eu me vejo pensando, melhorando a situação, engolindo sapos e só eu
me preocupo em manter um equilíbrio naquela ou na outra relação. E NÃO pode ser
assim! A vida tem que ser “amortizada” em suas decepções para todos...não só para mim ou só para você. Esta não é uma regra
interessante de ser seguida.
Algumas
pessoas (e não a vida), me fizeram sentir que nada deve ser como você acha que
é. No meu caso, nem sempre as pessoas vão me tratar com o carinho, a amizade, a
atenção ou o amor que as trato. Simplesmente porque CADA UM DÁ O QUE TEM. E
esta pra mim virou uma regra maior. Só
que esse papo que comentei lá em cima com minha amiga, me fez repensar um ponto
mega importante: Adriana, você tá feliz dando, dando sem nenhuma perspectiva
real de receber pelo menos 50% da intensidade que sai de você? Sinceramente?
Não to feliz não... Eu quero mais da vida, das pessoas, de mim mesma. E é
chegada a hora de olhar a TODOS sobre outra perspectiva. Não devemos ter o medo
da perda. Porque se não é pra ficar perto de você, pra quê então você quer?
Virar
o jogo interior porque eu quero ser feliz comigo mesma. Não quero mais ME
colocar nas mãos de A ou B... por que? Porque NÃO!
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